sexta-feira, 20 de agosto de 2010

REGISTRO 2ª AULA 11/08/2010

Não houve aula.
Professora foi  para Florianópolis , formatura de sua filha.
Aproveitei para pesquisar sobre o tema de pesquisa de meu grupo Autismo.
AUTISMO
O que é?

É uma alteração cerebral que afeta a capacidade da pessoa se comunicar, estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente. Algumas crianças apesar de autistas apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam também retardo mental, mutismo ou importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento.

Características comuns
  • Não estabelece contado com os olhos
  • Parece surdo
  • Pode começar a desenvolver a linguagem mas repentinamente isso é completamente interrompido sem retorno.
  • Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros
  • Ataca e fere outras pessoas mesmo que não exista motivos para isso
  • É inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas.
  • Ao invés de explorar o ambiente e as novidades restringe-se e fixa-se em poucas coisas.
  • Apresenta certos gestos imotivados como balançar as mãos ou balançar-se
  • Cheira ou lambe os brinquedos
  • Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente
Manifestações sociais
Muitas vezes o início é normal, quando bebê estabelece contato visual, agarra um dedo, olha na direção de onde vem uma voz e até sorri. Contudo, outras crianças apresentam desde o início as manifestações do autismo. A mais simples troca de afeto é muito difícil, como, por exemplo, o próprio olhar nos olhos que é uma das primeiras formas de estabelecimento de contato afetivo. Toda manifestação de afeto é ignorada, os abraços são simplesmente permitidos mas não correspondidos. Não há manifestações de desagrado quando os pais saem ou alegria quando volta para casa.
As crianças com autismo levam mais tempo para aprenderem o que os outros sentem ou pensam, como, por exemplo, saber que a outra pessoa está satisfeita porque deu um sorriso ou pela sua expressão ou gesticulação.
Além da dificuldade de interação social, comportamentos agressivos são comuns especialmente quando estão em ambientes estranhos ou quando se sentem frustradas.
Razões para esperança
Quando os pais de uma criança autista descobrem que seu filho é autista muitas vezes cultivam durante algum tempo ainda a esperança de que ele ira recuperar-se completamente. Algumas famílias negam o problema e mudam de profissional até encontrar alguém que lhes diga um outro diagnóstico. Como seres humanos a dor sentida pode ser superada, nunca apagada, mas a vida deve manter seu curso. Hoje mais do que antigamente há recursos para tornar as crianças autistas o mais independente possível. A intervenção precoce, a educação especial, o suporte familiar e em alguns casos medicações ajudam cada vez mais no aprimoramento da educação de crianças autistas. A educação especial pode expandir suas capacidades de aprendizado, comunicação e relacionamento com os outros enquanto diminui a freqüência das crises de agitação. Enquanto não há perspectiva de cura podemos desde já melhorar o que temos, o desenvolvimento da qualidade de vida de nossas crianças autistas.
Diagnóstico
Os pais são os primeiros a notar algo diferente nas crianças com autismo. O bebê desde o nascimento pode mostrar-se indiferente a estimulação por pessoas ou brinquedos, focando sua atenção prolongadamente por determinados itens. Por outro lado certas crianças começam com um desenvolvimento normal nos primeiros meses para repentinamente transformar o comportamento em isolado. Contudo, podem se passar anos antes que a família perceba que há algo errado. Nessas ocasiões os parentes e amigos muitas vezes reforçam a idéia de que não há nada errado, dizendo que cada criança tem seu próprio jeito. Infelizmente isso atrasa o início de uma educação especial, pois quanto antes se inicia o tratamento, melhor é o resultado.
Não há testes laboratoriais ou de imagem que possam diagnosticar o autismo. Assim o diagnóstico deve feito clinicamente, pela entrevista e histórico do paciente, sempre sendo diferenciado de surdez, problemas neurológicos e retardo mental. Uma vez feito o diagnóstico a criança deve ser encaminhada para um profissional especializado em autismo, este se encarregará de confirmar ou negar o diagnóstico. Apesar do diagnóstico do autismo não poder ser confirmado por exames as doenças que se assemelham ao autismo podem. Assim vários testes e exames podem ser realizados com a finalidade de descartar os outros diagnósticos.
Dentre vários critérios de diagnóstico três não podem faltar: poucas ou limitadas manifestações sociais, habilidades de comunicação não desenvolvidas, comportamentos, interesses e atividades repetitivos. Esses sintomas devem aparecer antes dos três anos de idade.

REGISTRO 3ª AULA 18/08/2010

  
FASES DA EXCLUSÃO 

     A falta de entendimento das diferenças entre os seres humanos no decorrer da existência das civilizações fez com que os diferentes sempre fossem tratados de forma relativamente agressiva e confusa, por sua vez, usados rotulados, segregados, discriminados, excluídos e em alguns casos exterminados. Outras vezes pala mesma falta desse entendimento à própria pessoa diferente assume atitudes muito particulares como auto punição o isolamento e a agressividade.
   Portador de deficiência e de necessidades especiais é aquele que apresenta em caráter temporário ou permanente, significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrente de fatores inatos ou adquiridos, que acarretam dificuldades em sua interação com o meio social, necessitando por isso, de recursos especializados para desenvolver seu potencial e superar ou minimizar suas dificuldades.

REGISTRO - 1ª AULA 04/08/2010

 
    Disciplina de Educação Especial.
    Fizemos uma  socialização com a professora e as acadêmicas sobre quem somos e nossas expectativas sobre a disciplina. 
    Estarei  acrescentando algumas considerações sobre necessidades educacionais  especiais de acordo com a atual Política Nacional de Educação Especial.


A atual Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 20/12/1996, trata, especificamente, no Capítulo V, da Educação Especial. Define-a por modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para pessoas com necessidades educacionais especiais. Assim, ela perpassa todos os níveis de ensino, desde a Educação Infantil ao Ensino Superior.


Deficiente

    É o indivíduo que se desvia, física, social, emocional ou mentalmente da faixa considerada como normal a ponto de necessitar de cuidados especiais seja de forma temporária ou de forma permanente. São considerados  como deficientes crianças ou adultos com problemas: intelectuais, de percepção visual, sensoriais, físicas, da voz, da palavra e da linguagem, emocionais, da psicomotrocidade, neurológicos  e psiquiátricos.
 
Necessidades Educacionais Especiais

    Na teoria histórico cultural, Vygotsky diz que deficiência é mais social que biológica.
    É a sociedade que faz o deficiente se sentir diferente, pois é não construída para atender os deficientes, criando impedimentos.
    A atenção a diversidade baseia-se no pressuposto de que a realização de adequações curriculares pode atender a necessidades particulares de aprendizagem dos alunos.  Está focalizada no direito de acesso à escola e visa à melhoria  da qualidade de ensino e aprendizagem para todos, irrestritamente, bem como as perpspectivas de desenvolvimento e socialização. À escola neste, contexto, busca consolidar o respeito às diferenças, conquanto não elogie a desigualdade. As diferenças vistas não como obstáculos para cumprimento  da ação educativa, mas, podendo e devendo ser fatores de enriquecimento.
     A expressão necessidades educacionais especiais pode ser utilizada para referir-se a crianças e jovens cujas necessidades decorrem de sua elevada capacidade ou de suas dificuldades para aprender
    A atual Política Nacional de Educação Especial  define como aluno com necessidades educacionais especiais  aquele que " ... por apresentar necessidades próprias e diferentes dos demais alunos no domínio das aprendizagens curriculares correspondentes à sua idade, requer recursos pedagógicos e metodologias educacionais específicas. " A classificação desses alunos, para efeito de prioridade no atendimento educacional especializado (preferencialmente na rede regular de ensino), consta da referida política e dá enfase  a alunos com:

  • deficiência mental, visual, auditiva, física e múltipla;
  • condutas típicas; e
  • superdotação.
        Objetivando a uniformização terminológica e conceitual, a Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação propõe as seguintes características referentes  às necesidades especiais dos alunos, que serão descritas a seguir:

        Superdotação

         Notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos isolados ou combinados:
  • capacidade intelectual geral;
  • aptidão acadêmica específica;
  • pensamento criativo ou produtivo;
  • capacidade de liderança;
  • talento especial para artes;
  • capacidade psicomotora.
        Condutas Típicas

         Manifestações de comportamento típicas de portadores de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos, ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado.

         Deficiência Auditiva

         Perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala por intermédio do ouvido. Manifesta-se como:
  • surdez leve / moderada: perda auditiva de até 70 decibéis, que dificulta, mas não impede o indivíduo de se expressar oralmente, bem como de perceber a voz humana, com ou sem a utilização de um aparelho auditivo;
  • surdez severa / profunda: perda auditiva acima  de 70 decibéis, que impede o indivíduo de entender, com ou sem aparelho auditivo, a voz humana, bem  como adquirir, naturalmente, o código da língua oral. Tal fato faz com que  a maioria dos surdos opte pela língua de sinais.
         Deficiência Física

          Variedade de condições não sensoriais que afetam o indivíduo em termos de mobilidade, de coordenação motora geral ou da fala, como decorrência de lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, ou, ainda, de malformações congênitas ou adquiridas.
            
          Deficiência Mental

           Deficiência caracterizada por limitações  significativas no funcionamento Intelectual da pessoa e no seu comportamento adaptativo - originando-se antes dos  dezoito anos de idade.

           Deficiência Visual

           É a redução  ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e após a melhor correção ótica. Manifesta-se como:

  •   cegueira: perda da visão, em ambos os olhos, de menos  de 0,1 no melhor olho após correção, ou um campo visual não excedente a 20 graus, no maior meridiano do melhor olho, mesmo com uso de lentes de correção.
           Sob o enfoque  educacional, a cegueira representa  a perda total  ou resíduo mínimo  da visão que leva o indivíduo a necessitar do Sistema Braille como meio de leitura e escrita, além de outros recursos didáticos e equipamentos especiais para sua educação.
  •  visão reduzida/baixa visão: acuidade visual dentro  6/20 e 6/60, no melhor olho, após correção máxima. Sob o enfoque educacional, trata-se de resíduo visual que permite ao educando ler impressos à tinta , desde que se empreguem recursos didáticos e equipamentos especiais.

          Deficiência Múltipla

          É  a asssociação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais  deficiências primárias (mental/visual/auditiva/física), com comprometimentos que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa.


          As classificações  costumam ser adotadas para dar dinamicidade aos procedimentos e facilitar o trabalho educacional, conquanto isso não atenue  os efeitos negativos do seu uso. É necessário enfatizar , primeiramente, as necessidades de aprendizagem e as respostas educacionais requeridas pelos alunos na interação dinâmica do processo de ensino aprendizagem.
          Identificar as necessidades educacionais  de um aluno como sendo especiais implica considerar que essas dificuldades são maiores que as do restante de seus colegas, depois de todos os esforços  empreendidos  no sentido de superá-las, por meio  dos recursos procedimentos usuais adotados na escola. A concepção de especial está vinculada ao critério de diferença significativa do que se oferece normalmente para a maioria dos educandos.